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quarta-feira, 9 de junho de 2021

Contos - Literatura

O gênero Conto é estruturado como uma narrativa curta que, em geral, apresenta em seu enredo apenas um conflito, com espaço (ou cenário) geralmente limitado a um ambiente, poucos personagens e recorte temporal reduzido.

A origem dos contos está relacionada à tradição de contar histórias de forma verbal. Sua escrita em prosa é de menor complexidade em relação ao romance. Modelo literário, contudo, com características muito parecidas com a crônica, diferenciando-se pelo teor do texto.

 

CONTO E CRÔNICA

 

Enquanto o conto objetiva contar uma história curta, fictícia ou não, a crônica costuma trazer alguma reflexão implícita ou algum ensinamento aplicável ao cotidiano, geralmente com toques de humor ou ironia. 


Por ser um gênero que transita entre o estilo literário e jornalístico, pode assumir a forma de uma história linear (com início, meio e fim) ou trazer um conjunto de ideias estruturadas de outras maneiras como, por exemplo, a “Atualização da carta do descobrimento”, de Paulo D’Angelo, disponível em:

https://ferdantas.wordpress.com/2005/05/03/atualizacao-da-carta-de-descobrimento/.

 

Dependendo da temática explorada, há diversos tipos de contos, do qual se destacam algumas subdivisões: Contos realistas (narram situações realistas e não imaginárias); Contos populares (histórias transmitidas de uma geração para outra); Contos fantásticos (mistura de realidade com ficção e acontecimentos absurdos); Contos de terror (histórias cheias de mistério, suspense e medo); Contos de humor (conteúdo desafiador e divertido); Contos infantis (narrativas para crianças, que transmitem alguma lição moral); Contos psicológicos (histórias que envolvem lembranças e sentimentos, com a intenção de levar o leitor a refletir); Contos de fadas (presença de elementos mágicos e fantasiosos, histórias com personagens fantásticos – príncipes, princesas, objetos voadores, animais falantes, dragões, elfos, fadas, bruxas, gigantes, gnomos, unicórnios - que se desenvolvem em torno de encantamentos, acontecimentos trágicos, sobrenaturais, mas quase sempre com final feliz.

 

Em virtude da importância do gênero tradição literária brasileira, muitas faculdades e universidades solicitam aos candidatos, em seus vestibulares, que produzam contos.

 

MITOS E LENDAS DO FOLCLORE BRASILEIRO

 

Veja exemplos de histórias de ficção que povoam o imaginário popular desde os tempos remotos:

 

Lenda do Saci-Pererê - História do folclore brasileiro (estudokids.com.br)

https://www.estudokids.com.br/saci-perere/  


Histórias de ficção: Lenda Unicórnio

https://www.estudokids.com.br/unicornio/  


Mitologia: Esfinge

https://www.estudokids.com.br/esfinge-o-que-e-a-esfinge-egipcia-e-a-grega/  


Lenda: O boto cor-de-rosa

https://www.estudokids.com.br/o-boto-cor-de-rosa/  


A lenda folclórica da Iara, a mãe d’água:

https://www.estudokids.com.br/lenda-da-iara/  


Lenda: Mula Sem Cabeça

https://www.estudokids.com.br/mula-sem-cabeca/  


Lenda: O Caipora

https://www.estudokids.com.br/o-caipora/   


Lenda: Curupira

https://www.estudokids.com.br/curupira/  


Lenda: Boitatá

https://www.estudokids.com.br/boitata/  


A lenda da Vitória Régia:

https://www.estudokids.com.br/a-lenda-da-vitoria-regia/


Lenda: Negrinho do Pastoreio

https://www.estudokids.com.br/negrinho-pastoreio/  


A lenda do Lobisomem:

https://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/lenda_lobisomem.htm  

https://mundoeducacao.uol.com.br/folclore/lobisomem.htm  


Lenda das Cataratas do Iguaçu:

https://www.icmbio.gov.br/parnaiguacu/biodiversidade/92-a-lenda-das-cataratas.html  

http://www.lendas-do-parana.noradar.com/lenda-das-cataratas-do-iguacu/  


Lendas Folclóricas do Paraná:

https://www.lendas-do-parana.noradar.com/  


Folclore: Cantigas de roda

https://www.estudokids.com.br/cantigas-de-roda/  


Os ditados populares do folclore brasileiro:

https://www.estudokids.com.br/os-ditados-populares-do-folclore/  

 

CONTOS DE FADAS



































“Os contos de fadas, velhos conhecidos da infância, são gêneros medievais que ainda fazem muito sucesso. Por definição, esse tipo de narrativa tem personagens folclóricos, tais como: fadas, gnomos, animais personificados etc. Além disso, é comum que esse tipo de conto apresente um fundo moral claro e, por isso, tem certo caráter didático.” (MARINHO, Fernando. "Conto "; Brasil Escola.)


A origem dos contos de fadas

 

O mundo dos livros, das boas histórias, quando cultivado desde a infância, pode trazer inúmeros benefícios para fortalecer os laços afetivos, introduzir o gosto pela literatura, instruir, ampliar a visão de mundo, desenvolver o sentido da audição, entre outros ganhos. 

Conforme consta em https://www.campusvilla.com.br/contacao-de-historias-na-educacao/, a leitura tem muitos benefícios e pode favorecer as conexões neurais dos cérebros, inclusive ajuda a reduzir a insegurança da criança. A contação de histórias desde a infância é um rito social importante, na época da construção do imaginário da criança, que pode suavizar o medo do desconhecido e melhorar o enfrentamento dos desafios da vida. De acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Nova York, “a leitura em voz alta pode prevenir comportamentos negativos, como a falta de concentração, obsessão, agressividade, ansiedade e hiperatividade, e incentivar comportamentos positivos, como concentração ou atenção”.

E como faz bem recordar, quem passou por boas experiências em leitura na infância, sabe bem o significado de conhecer belas histórias. São momentos valorosos que ficam eternizados nas memórias, tanto que já as sabemos de cor.

Segundo Priscila Melo (2015), em https://www.estudokids.com.br/a-origem-dos-contos-de-fadas/ , os primeiros contos “eram feitos para os adultos com o intuito de distraí-los em reuniões, e outros encontros (...) Esse aspecto que vemos hoje nos contos, que envolve o lúdico e a fantasia, veio da necessidade de amenizar aquelas histórias que eram polêmicas e controversas”. Os contos de fadas eram transmitidos oralmente. Charles Perrault foi o primeiro a adaptar os contos e torná-los “infantis”. Dando início à literatura infantil, ele reescreveu oito histórias muito conhecidas: A Bela Adormecida, Chapeuzinho Vermelho, O Barba Azul, O Gato de Botas, As Fadas, Cinderela ou A Gata Borralheira, Henrique do Topete e O Pequeno Polegar. Com as pesquisas e obras de Jacob e Wilhelm Grimm, que também começaram a reescrever os contos, no século XVIII, essa literatura se tornou mais conhecida. Seus contos foram mais adaptados do que os de Perrault, já que eles tinham uma visão mais voltada para a fé cristã e os valores morais. Na sequência, o dinamarquês Hans Christian Andersen adotou o mesmo estilo dos Irmãos Grimm, mas com versões diferentes. Ele gostava de mostrar às crianças que para alcançar seus objetivos era preciso passar por provações, por caminhos difíceis para então poder chegar ao céu. Seus contos nem sempre tinham finais felizes. No Brasil, destaca-se Monteiro Lobato com obras que fazem sucesso e servem de base para o início literário das crianças.  

Mas qual o verdadeiro significado dos contos de fadas? 

Conforme nos conta Hephzibah Anderson, da BBC Culture, 2015 (https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/141219_vert_cul_contos_fadas), desde que Walt Disney Company assumiu o controle do reino dos contos de fadas e se tornou uma corporação de mídia multinacional, “gerações de crianças de todo o mundo cresceram assistindo a versões animadas de histórias que durante séculos não estavam nem no papel, e muito menos vinham acompanhadas de uma infinidade de brinquedos caros”.

Essas histórias contadas verbalmente de modo pouco sofisticado com descrições beirando o banal (florestas são densas, princesas são bonitas, os bonzinhos são sempre bonzinhos e os malvados, malvados...) possuem características difíceis de serem ignoradas.

A origem assustadora dos contos

Para além do que aprendemos com as narrativas de seres encantados, de bruxas e princesas, dos finais “felizes para sempre”, há detalhes que só com o tempo fomos capazes de compreender.

Como os contos de certo modo têm como suporte os fatos do mundo real, situações que apenas passavam superficialmente diante dos nossos olhares desatentos, hoje instigam nossas mentes ao que se configura de modo mais estranho, ousado, trágico ou polêmico.

Assim nosso estudo ganha outro viés, mais questionador, que nos faz querer descobrir o lado que nunca nos contaram das histórias que tanto nos encantaram.

Para tanto, servem de apoio alguns estudos, como os que seguem.

CONTOS DE FADAS COMENTADOS

https://www.culturagenial.com/contos-de-fadas-comentados/ 

A ORIGEM DE ALGUNS CONTOS

https://www.justlia.com.br/2009/07/a-verdade-e-a-origem-dos-contos-de-fadas/

A ATUALIZAÇÃO DOS CONTOS

https://biblioi9.wordpress.com/2013/12/15/a-atualizacao-dos-contos-de-fada/

As versões mais sombrias

A BELA ADORMECIDA

http://www.verdadeirahistoria.com.br/2013/08/a-verdadeira-historia-da-bela-adormecida.html

https://super.abril.com.br/mundo-estranho/a-origem-sangrenta-dos-contos-de-fadas-parte-2-bela-adormecida/

CHAPEUZINHO VERMELHO

https://amenteemaravilhosa.com.br/verdadeira-historia-chapeuzinho-vermelho/

https://boamente.co/post/a-verdadeira-e-assustadora-historia-de-chapeuzinho-vermelho/

http://www.conversacult.com.br/2013/05/a-verdade-por-tras-de-chapeuzinho.html

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=hFIWx0qFXVw

BRANCA DE NEVE

http://www.conversacult.com.br/2013/05/a-verdade-por-tras-de-branca-de-neve-e.html

CINDERELA

http://www.conversacult.com.br/2013/05/a-verdade-por-tras-de-cinderela.html

https://www.awebic.com/conheca-o-lado-oculto-da-historia-da-cinderela/

PINOCHIO

https://segredosdomundo.r7.com/pinoquio/

https://www.tricurioso.com/2016/10/28/bizarra-verdadeira-historia-de-pinoquio/

O GATO DE BOTAS

https://labedu.org.br/gato-de-botas-investimentos-e-aprendizagens-da-vida-social/

JOÃO E MARIA

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=YNNnV0ZfW9E

A BELA E A FERA

http://www.conversacult.com.br/2013/06/a-verdade-por-tras-de-bela-e-fera.html

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=UFGxakuCaWk&t=4s


Filmes Inspirados em Contos de Fadas

A intertextualidade, compreendida como “diálogo entre textos”, ganha espaço em obras mais recentes da literatura, podendo ser empregada em narrativas discursivas ou mídias, como filmes, minisséries, novelas, músicas, jogos etc. Veja exemplos em:

https://www.culturamix.com/cultura/curiosidades/filmes-inspirados-em-contos-de-fadas/






Outro diálogo intertextual está em “O Príncipe Sapo”.

No dia do seu casamento, o Príncipe Jonh é apanhado no flagra. Como castigo, ele e seu fiel escudeiro são transformados em sapos para toda a eternidade. Ou até o príncipe convencer uma donzela a beijá-lo e depois casar com ele. Séculos se passam e, por acidente, os dois sapos são transportados para Nova York. Em uma região e tempos completamente diferentes e numa sociedade onde os costumes são bem diferentes, o príncipe sapo terá problemas dobrados para encontrar seu verdadeiro amor e aquela garota capaz de devolvê-lo à forma humana. 

Fonte: https://filmow.com/o-principe-sapo-t19883/  Estreia Mundial: Outubro, 2001.

O filme pode ser assistido na íntegra por meio do link:

https://www.youtube.com/watch?v=M5NK0V_tdvA&t=268s



A intertextualidade com Contos de Fadas também está na Crônica "Alice no Reino do IPad", de Zuenir Ventura, publicada em https://jornalggn.com.br/noticia/alice-no-reino-do-ipad/ .

Faz-nos pensar na moralidade dos contos, que combina com os costumes atuais. Será que estaria na hora de reescrevermos os contos?

Mais exemplos:

João e Maria Caçadores de Bruxas. Veja o trailer teaser oficial:

https://youtu.be/szl-dqv8Y_M

Também tem um filme chamado "Caminhos para a Floresta", que mostra várias histórias misturadas e com finais diferentes.

https://youtu.be/3pRaqZ2hoNk

Ou uma versão atualizada de “Alice no país das maravilhas”:

https://youtu.be/OTo5giBZ4Bg

Once Upon a Time (Era Uma Vez): uma série de televisão americana de drama e fantasia criada por Adam Horowitz e Edward Kitsis (2011 a 2018), na emissora ABC. A série segue vários personagens de contos de fadas que foram trazidos para o mundo real e tiveram suas memórias originais roubadas por uma maldição poderosa. Os episódios podem ser vistos em:

https://maxseries.me/series-e-animes/era-uma-vez/  


Os contos nos concursos vestibulares

Esse gênero literário também faz parte das leituras obrigatórias dos vestibulares.

Informações sobre o gênero Conto - Brasil Escola:

https://www.youtube.com/watch?v=c-rge5nGRyk

Análise literária do Conto “Mariana”, de Machado de Assis:

https://www.youtube.com/watch?v=V6WbhIodHr8&t=320s

Análise literária do Conto “O Espelho”, de Machado de Assis:

https://www.youtube.com/watch?v=TyCN5g01J1g&t=20s


Do Conto aos Romances de Cavalaria

Ao transitar por entre os diferentes gêneros literários – como o conto, a fábula e o romance – percebemos que parecem ser iguais, mas que contam com importantes diferenças tanto na escolha de personagens como na finalidade de cada um. Veja mais detalhes:

https://artes.umcomo.com.br/artigo/qual-e-a-diferenca-entre-fabula-e-conto-14807.html

Curiosidades sobre Deuses, Monstros e Heróis: Mito, mitologia, lenda, conto e fábula

https://mitologiagrega.net.br/mito/

Sugestões de páginas com informações sobre a prosa medieval, dos primórdios da Literatura de Cordel às Novelas de Cavalaria:

https://www.todamateria.com.br/prosa-medieval/   

https://www.todamateria.com.br/novelas-de-cavalaria/  

Os cavaleiros medievais - a nobreza e a honra nos campos de batalha.

Assista os vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=2D_DsrcBu-I   

https://www.youtube.com/watch?v=9BOSxhkTrxs&t=2s






quinta-feira, 6 de maio de 2021

História da Língua Portuguesa

Da origem da linguagem às línguas mais faladas no mundo. 

Das línguas românicas ou neolatinas ao Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.


A ORIGEM DA LINGUAGEM


Atualmente, existem mais de 6.500 idiomas no mundo. 

Mas qual foi a origem, remota e primeira, das línguas?








De acordo com estudos de Gladstone Chaves de Melo, em A ORIGEM DA LINGUAGEM (filologia.org.br), linguagem é a palavra de duplo sentido, pode significar a faculdade que o homem tem de comunicar-se intencionalmente e por meio de sinais. Neste caso, trata-se da origem do homem e de uma propriedade essencial à espécie: todos os homens têm e sempre tiveram a necessidade de interagir


Assim, a palavra significa qualquer manifestação exterior realizada por grunhidos, expressões gestuais, fisionômicas ou construídas, como os desenhos nas paredes das cavernas, as significantes fogueiras, o telégrafo de Morse, os atuais semáforos para governar o trânsito nas cidades maiores, o sistema de leitura em braile, a comunicação dos surdos-mudos, por meio de sinais que significam letras ou símbolos e que permitem comunicações rápidas e eficientes.


O interesse em investigar a origem primeira de um tipo de linguagem articulada dá conta de que esta se realiza por meio de sons ou ruídos vocais, produzidos pela laringe e modificados na caixa de ressonância, fixa ou móvel, que produz, num caso, o timbre individual e, noutro caso, os diversos fonemas que constituem o sistema sonoro do idioma tal ou tal: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/, /b/, /t/, /ç/... cuja origem (resultados históricos de uma protolíngua) tem sido preocupação de linguistas desde tempos remotos da história da humanidade.


Nos estudos realizados com maior ou menor rigor descobriram-se diversas famílias, como a indo-chinesa, a dravídica, a malaio-polinésica, a uraloaltaica, a indo-europeia, a afro-asiática, a banta, a camítica, a semítica, a sudanesa, grupos americanos... Das diversas famílias aqui enumeradas, a mais conhecida e estudada é a indo-europeia, que apresenta documentos muito antigos e que cobre uma grande área, desde a Índia, passando pelo Afeganistão, a Pérsia e o Mar Cáspio, até praticamente toda a Europa, exceptuadas apenas três línguas, o basco, o húngaro e o finlandês, estas últimas aparentadas, embora separadas e distanciadas há uns dois mil anos.


Esse indo-europeu comum, que teria existido há mais de quatro mil anos, com o tempo e com a expansão, se desgarrou em 12 grupos, dos quais emanam subgrupos e, daí, dezenas de línguas diferentes: o hitita, falado outrora na Capadócia e desaparecido há cerca de dois mil anos, o tocário, também desaparecido, falado em Koutchua até o século VII de nossa era, e o ramo indo-iraniano, que se desdobrou em índico e iraniano. Saltando por etapas intermédias, está ele hoje representando por mais de cem línguas, que se falam quase todas dentro dos domínios políticos da India (onde se ouvem mais de 200 idiomas filiados ou não ao indo-europeu, ao dravídico e ao monkmer). 


Aí se destaca, pela importância cultural, o Sânscrito, fixado pelo admirável gramático Panini, cuja obra só em tempos mais recentes vem sendo conhecida e que viveu no século IV a. C. O SÂNSCRITO É UMA LÍNGUA CLÁSSICA, DE VASTA LITERATURA E QUE ATÉ HOJE FUNCIONA COMO LÍNGUA ERUDITA DE COMUNICAÇÃO ENTRE OS PANDITES DA ÍNDIA, EXATAMENTE COMO O FOI O LATIM NA IDADE MÉDIA. Poderíamos fazer referência, entre as línguas atuais, ao Bengali (na região de Calcutá e do delta do Ganges), em que estão as obras do poeta universal Rabindranath Tagore.


Do ramo, persa, ou irariano, provêm diversas línguas, que se estendem dos vales do Pamir ao Curdistão e do Balochistão e Afganistão ao Mar Cáspio. Delas a mais importante é o persa, que vem de longe e que atualmente é escrito em ALFABETO ÁRABE, como, aliás, acontece com quase todas as línguas modernas do grupo. A par da influência na escrita contribui largamente o árabe para a língua persa de hoje, cujo vocabulário é já talvez menos iraniano que semita. Dos ramos que floresceram e se multiplicaram na Europa, cabe referir em primeiro lugar (pela ordem geográfica) o GREGO-COMUM, idioma dos antigos helenos. Quando se toma contato histórico com a língua, já está ela diversificada nas diversas regiões, de modo que se podem classificar os falares em quatro grupos dialetais, jônico-ático, aqueu, eólico e dórico. 


Das línguas antigas, destaca-se o grego clássico, ático, veículo de uma importantíssima literatura e de que se serviram Platão e Aristóteles. “O grego atual, ou romaico, está para esse grego clássico, mais ou menos como o italiano para o latim”.


Outro interesse de estudos reside na família linguística afro-asiática, que inclui o hebraico dos povos fenícios (os quais negociavam com os gregos e outros povos da antiguidade e foram os responsáveis pela criação do alfabeto árabe, grego, hebraico e latino): o ARAMAICO. O nome da língua descende de Aram, uma antiga região do centro da Síria. Trata-se de uma escrita ancestral de línguas administrativas dos impérios da antiguidade, no Oriente Médio.


Um longo preâmbulo da ciência linguística sobre a linguagem articulada, sobretudo nas feições comparativas e diacrônicas -, conforme se diz depois do linguista Saussurre, para designar a perquirição no tempo, passado, sobretudo na evolução linguística. 


Cabem ainda estudos mais minuciosos sobre a origem mais remota, do ponto-de-partida, da gênese do fenômeno, tão universal e hoje tão variado. E não têm faltado filósofos e filosofantes que propuseram aos estudos desse fenômeno linguístico, inclusive com diversas teorias a esse respeito, de caráter mais investigativo, seja com mais apoio em fatores biológicos ou nas crenças pautadas em documentos históricos. 


Ensina-nos a Bíblia que Deus revelou a linguagem articulada ao primeiro homem: primeiro fez-se o verbo (a palavra). Ou as tentativas de rastrear o emprego de sinais naturais, em particular onomatopeias (figura de linguagem), que em grande número se encontram nas raízes das palavras de nossas línguas modernas, como, por exemplo, em francês, o susurer, o coq, o cou-cou, o glou-glou, o tic-tac etc. Eram já sinais vocais, que se ajeitavam e variavam, para torná-los adequados a significar as matrizes do pensamento, transformando-os em sinais arbitrários estabelecidos espontaneamente na tentativa humana de se compreender.


Aperfeiçoada pelo esforço de todos, a linguagem inventada e graças às tradições, transmite resultados bem sucedidos na comunicação; mas ao mesmo tempo, ela se modifica e evolui, como tudo o que vive. Quando raças e grupos sociais da humanidade se dividiram e diversificaram, também ela se cindiu em línguas diferentes. A linguagem se comporta como um fato social: apesar de formada por sinais arbitrários, ela não evolui ao acaso, mas ao seguir leis que a ciência determina e se explicam em conformidade com fatores sociológicos de evolução, como, por exemplo, o meio, o tempo, a raça.


“Apesar de todas as diversidades, todas as línguas humanas têm um fundo comum, constituído por certo número de raízes semelhantes. na maioria dos casos, de origem indo-europeia. Sobretudo, o que mais se assemelha por toda parte é o próprio pensamento, com as operações intelectuais significadas e sintetizadas em sistemas de verdades científicas: em todos os lugares e sempre, sem grande dificuldade, os homens de todas as raças chegam a compreender-se e a comunicar, uns aos outros, seu patrimônio intelectual, estabelecendo uma equivalência entre suas línguas. 


A hipótese explicativa deste fato é a unidade específica da humanidade, estando ligada a diversidade das línguas às diferenças individuais, socializadas pelas raças e as nações.”

 

A grande maioria das espécies que habitam nosso planeta se comunicam de alguma forma. Mas não tem nada que se pareça com a linguagem humana.” 


In.: Analía Llorente. “Por que a origem da linguagem ainda é uma incógnita para a ciência”. 

Hay Festival Digital Colombia@BBC Mundo, 2021. 

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-55985319.

 

“A linguagem em si é bastante difícil de definir, já que tem, por exemplo, expressões transitórias que não deixam rastros, nunca é inerte, muda com o tempo, é infinitamente flexível e quase globalmente presente. O fato é que a complexidade da nossa linguagem, seja qual for o tipo que usamos, nos torna únicos. Nos permite interagir com os nossos pares e falar sobre o passado, presente ou futuro e transmitir conhecimento. Sua origem e evolução são uma grande incógnita para a comunidade científica, talvez a mais difícil de todas.”

Mas há algumas pistas... Estima-se que a linguagem humana tenha algumas centenas de milhares de anos. Acredita-se que a linguagem tenha pelo menos 50 mil anos, mas a maioria dos linguistas crê que seja bem mais antiga — alguns estimam que possa ter até meio milhão de anos. Também é possível que, apesar da diversidade de idiomas que existem no mundo, todos descendam de um antepassado comum. Outras hipóteses: Há várias teorias sobre como a linguagem da nossa espécie se originou. Mas nenhuma ainda é conclusiva. Uma das mais difundidas — e debatidas — é que a linguagem humana se originou primeiro por meio de gestos manuais.

É provável que a linguagem tenha surgido da necessidade de se alimentar, para indicar onde havia comida ou mesmo para defender uma condição social de vida da espécie humana, até mesmo o ato de se obrigar a impor suas vontades na luta por uma melhor condição no espaço social. É possível que os motivos que levaram os primeiros humanos a falar tenham sido para explorar o ambiente ao seu redor e consumir diferentes alimentos. Se há milhares de anos o ser humano saía para explorar territórios e encontrava comida na forma de uma carcaça de animal, por exemplo, tinha de ser capaz de voltar ao lugar onde vivia e comunicar aos demais onde estavam os alimentos. A maioria dessas propostas tem em comum a ideia de que a sintaxe da linguagem tem um desenho complexo, semelhante, por exemplo, ao nosso sistema visual, e que a adaptação biológica é, talvez, a única forma de explicar a aparência desse esquema. 

"A linguagem surge da interação de três sistemas adaptativos diferentes: aprendizagem individual, transmissão cultural e evolução biológica. Isso sugere que tanto a adaptação biológica quanto a transmissão cultural podem ter interagido com a evolução da linguagem", diz o estudo "Evolução da linguagem: consensos e controvérsias". 


Assista o vídeo:  A história da escrita- das paredes das cavernas ao computador 

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=IJdIWvVqtfQ&t=259s



Mas quais foram os idiomas mais antigos do mundo, origens e curiosidades

 

Segundo Emilly Krishna (2019), em https://segredosdomundo.r7.com/idiomas-mais-antigos-do-mundo/, “Desde os primórdios, o ser humano se destaca devido sua capacidade de comunicação. Seja por gestos, imagens ou letras. Basicamente, usamos a língua em todos os momentos de nossa vida. E o mais interessante é que civilizações de várias regiões do mundo – sem nem mesmo conhecerem a existência uma das outras –, criaram idiomas diversificados.” Como por exemplo, a primeira língua falada que se tem testemunhos gráficos, suspeita-se que pode ter sido a SumériaBasicamente, suas primeiras inscrições têm origem em 3000 a.C. Além do mais, o seu alfabeto é cuneiforme, ou seja, gravada com objetos em forma de concha.




Vale ressaltar que, a até meados do ano 1000 a.C. essa língua era dividida nos ramos indiano ou indo-ário e iraní ou pers, sendo que o ramo indiano desenvolveu-se no noroeste da Índia. A história do indiano antigo inclui o védico e o sânscrito

Assim sendo, o indiano médio possui dialetos vernáculos do sânscrito, chamados prácritos. Dentre eles, procede o páli, que é a língua sagrada dos textos budistas, e ainda o indiano novo ou moderno. Sobretudo, as línguas mais relevantes desse idioma, são o híndi e o urdu. Tanto é que a híndi, a qual tem origem no sânscrito, é falada por cerca de 180 milhões de hindus. Por outro lado, a segunda, de origem persa, é considerada a língua dos muçulmanosNo mais, existem outras línguas indianas, como o bengali, por exemplo, o qual é falado por mais de 120 milhões de pessoas em Bengala e Bangladesh. Ainda o penjabi, o biari e o cingalês, que é o idioma oficial do Sri Lanka e o romani, que é a língua dos ciganos. Vale destacar que cerca de 150 milhões de pessoas falam 23 línguas dravídicas, principalmente no sul da Índia. Inclusive, dentre essas, quatro têm condições de serem idiomas oficiais: tamil, télugo, canará e malaio, os quais contam basicamente com produção literária e escrita autônoma.

 
















A priori, essa língua é falada por mais de 120 milhões de pessoas somente no Japão. Ela ainda é falada por mais de 200 mil no Havaí, por 200 mil nos Estados Unidos e por quase 400 mil no Brasil. Uma curiosidade sobre essa língua é que não existem relações entre ela e outros idiomas. A única semelhança é no léxico com as línguas do leste da Ásia, como as tibetano-birmanas e as austro-asiáticas. A partir do século VIII em diante, os caracteres da língua chinesa passaram a ser utilizados como sinais fonéticos: cada signo representava uma sílaba. Um século depois, esses caracteres foram abreviados e deram lugar à aparição de dois silabários japoneses ou kana, que consistem em um “sinal que representa uma sílaba”: o katakana e o hiragana. O mais interessante é que logo depois da II Guerra Mundial o número de caracteres de representação desse idioma caiu para 1.850. Mas depois de um tempo, esse número acabou subindo novamente para 2 mil. Vale destacar que esse processo foi toda uma tentativa de simplificar a língua escrita.

 




















Primeiramente, os hieróglifos podem ser definidos como uma escrita sagrada, a qual era usada no Egito antigo. Inclusive, era uma escrita reservada às pessoas que supostamente tinham poder divino, como sacerdotes e membros da realeza.

Sobretudo, alguns estudiosos afirmam que essa escrita pode ter começado em tempos pré-históricos, por meio de imagens. Aliás, foram eles que estabeleceram símbolos para todas os sons consonantais da língua. Tanto é que durante 3000 anos constituíram a linguagem monumental do Egito.

Porém, a última inscrição conhecida de hieróglifos é do ano de 394 d.C., quando o Egito era uma província romana. Até porque muitos acreditam que vários hieróglifos foram propositadamente obscurecidos pelos escribas sacerdotais. Basicamente, a intenção era tornar os sinais e o conhecimento incompreensíveis para a maioria dos egípcios.

Inclusive, somente em 1822, um linguista francês conseguiu provar que aqueles desenhos podiam formar palavras relacionadas com as imagens. Portanto, daí em diante, os homens do Ocidente começaram a compreender a linguagem e o próprio povo egípcio, até então misterioso.

 

















Essa história da Torre de Babel é contada no Antigo Testamento, no livro de Gênesis. De acordo com a versão bíblica, a torre foi construída na Babilônia pelos descendentes de Noé. Inclusive, eles montaram a torre com a intenção de eternizar seus nomes. A intenção inicial era construir uma torre para alcançar o céu. Porém, esse ato soberbo não agradou tanto assim a Deus que, para castigá-los, confundiu as línguas das pessoas e as espalhou por toda a Terra.  A intenção era que, devido à soberba, eles não conseguissem mais se comunicar uns com as outros. O mais interessante é que a história da Torre de Babel tem inspiração no templo de Marduk. Esse nome, em hebraico, é Babel ou Bavel e significa “Porta de Deus”. Sobretudo, vale destacar que nos dias atuais, essa história é vista como uma tentativa dos povos antigos de explicarem a diversidade de idiomas. Inclusive, ainda restam no sul da antiga Mesopotâmia, ruínas de torres que se ajustam perfeitamente à torre de Babel descrita pela Bíblia.


Além do mais, foram os fenícios os responsáveis pelo alfabeto árabe, grego, hebraico e latino. Esses povos eram chamados de sidônios no Antigo Testamento, e de fenícios, pelo poeta Homero. Foram eles, afinal, que fundaram as primeiras povoações na costa mediterrânea, por volta de 2500 a.C.




 

















Primeiramente, essa língua é a mais significativa no ramo iraniano. Ela faz parte da subfamília das línguas indo-iranianas, que pertencem ao conjunto indo-europeu. É o idioma do Irã, o qual era conhecido como Pérsia. Língua também falada no Afeganistão e, em forma arcaica, no Tajiquistão e região de Pamir. Sobretudo, o persa, ou iraniano moderno, emprega o alfabeto árabe e possui uma literatura rica e extensa.

 

Veja mais vídeos interessantes sobre a origem da linguagem:


 

A linguagem - Parte 1 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=PP4n2PCjjh8

 


A linguagem - Parte 2 - YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=pcfHHRztJaE

 



















A Língua Portuguesa pertence ao grupo das chamadas línguas românicas ou neolatinas, derivadas de uma língua morta (não mais falada por nenhum povo, mas que sobrevive em documentos) o Latim.

A Língua Latina era falada entre os séculos VIII a.C. e VI d.C. por um povo que habitava, na Península Itálica uma região chamada Lácio, que corresponde hoje à cidade de Roma. 

O povo romano, guerreiro e conquistador, invadiu a Península Ibérica e, dessa forma, teve início a partir do século III a.C. a romanização da região, que incluía a imposição do Latim como língua oficial.

















Esse povo foi crescendo e anexando novas terras a seu domínio. Os romanos chegaram a possuir um grande império, o Império Romano. 

A cada conquista, impunham aos vencidos seus hábitos, suas instituições, os padrões de vida e a Língua Latina.

As línguas românicas, novilatinas ou latinas foram as línguas constituídas a partir do Latim: o Português, o Francês, o Espanhol, o Italiano, o Romeno, o Catalão, o Sardo e o Provençal.

A ocupação romana se estendeu até o século V d.C. e apenas um pequeno grupo da região dos Pirineus conseguiu manter a língua que falava anteriormente: o basco.

Existiam duas modalidades do latim: o latim vulgar (sermo vulgaris, rusticus, plebeius) e o latim clássico (sermo litterarius, eruditus, urbanus).

A língua escrita (Latim clássico, dos grandes escritores romanos: Cícero, Horácio, Virgílio, Ovídio, Homero, etc.) era diferente da falada (Latim vulgar, a língua coloquial, popular, sujeita a alterações frequentes), essa última que se expandia, por ser falada pelos soldados. Mas não chegou a cada lugar invadido com suas características originais, pois carregava consigo marcas do idioma de outros povos dominados anteriormente.

A modalidade do latim imposta aos povos vencidos era a vulgar. Os povos vencidos eram diversos e falavam línguas diferenciadas, por isso em cada região o Latim vulgar sofreu alterações distintas, o que resultou no surgimento dos diferentes romanços e posteriormente nas diferentes línguas neolatinas. O domínio não era apenas territorial, mas também cultural.



















No século V da era cristã, a península sofreu invasão de povos bárbaros germânicos (vândalos, suevos e visigodos). Como possuíam cultura pouco desenvolvida, os novos conquistadores aceitaram a cultura e língua peninsular. Influenciaram a língua local acrescentando a ela novos vocábulos e favorecendo sua dialetação já que cada povo bárbaro falava o latim de uma forma diferente. Com a queda do Império Romano, as escolas foram fechadas e a nobreza desbancada, não havia mais os elementos unificadores da língua. O latim ficou livre para modificar-se. As invasões não pararam por aí, no século VIII, a península foi tomada pelos árabes. O domínio mouro foi mais intenso no sul da península. Formou-se então a cultura moçárabe, que serviu por longo tempo de intermediária entre o mundo cristão e o mundo muçulmano. Apesar de possuírem uma cultura muito desenvolvida, esta era muito diferente da cultura local o que gerou resistência por parte do povo. Sua religião, língua e hábitos eram completamente diferentes.  O árabe foi falado ao mesmo tempo que o latim (romanço = fase de transição entre o latim e as línguas neolatinas). Embora bárbaros e árabes tenham permanecido muito tempo na península, a influência que exerceram na língua foi pequena, ficou restrita ao léxico, pois o processo de romanização foi muito intenso.


Os cristãos, principalmente do Norte, nunca aceitaram o domínio muçulmano. Organizaram um movimento de expulsão dos árabes (a Reconquista). A guerra travada foi chamada de "santa" ou "cruzada". Isso ocorreu por volta do século XI. No século XV os árabes estavam completamente expulsos da península.

Durante a Guerra Santa, vários nobres lutaram para ajudar D. Afonso VI, rei de Leão e Castela. Um deles, D. Henrique, conde de Borgonha, destacou-se pelos serviços prestados à coroa e por recompensa recebeu a mão de D. Tareja, filha do rei. Como dote recebeu o Condado Portucalense. Continuou lutando contra os árabes e anexando novos territórios ao seu condado que foi tomando o contorno do que hoje é Portugal.

D. Afonso Henriques, filho do casal, funda a Nação Portuguesa que fica independente em 1143. A língua falada nessa parte ocidental da Península era o galego-português que com o tempo foi diferenciando-se: no Sul, português, e no Norte, galego, que foi sofrendo mais influência do castelhano pelo qual foi anexado. 

Em 1290, o rei D. Diniz funda a Escola de Direitos Gerais e obriga em decreto o uso oficial da Língua Portuguesa.

Como é possível perceber, o surgimento da Língua Portuguesa está profunda e inseparavelmente ligado ao processo de constituição da Nação Portuguesa. No caso da formação do idioma português, para além da origem latina, este concentra a influência dialetal de outros povos que invadiram a península depois dos romanos, como germanos e árabes. 

Nos primeiros escritos em português notamos semelhanças com o castelhano (é o galego-português). Portugal e Espanha formavam um único reino (Leão e Castela) e tinham como língua nacional o castelhano. 



A primeira gramática, no entanto, só apareceu em 1536, elaborada por Fernão de Oliveira; o primeiro dicionário Português/Latim-Latim/Português é de 1570. 

A EXPANSÃO

Só no século XI Portugal se separou, emancipando-se politicamente e propiciando a evolução da língua portuguesa, que se consolidaria a partir da poesia dos trovadores. 





















Portugal ficou conhecido pelas grandes navegações. No século XV e XVI, através dos movimentos colonialistas e de propagação do catolicismo, a língua portuguesa se espalhou pelo mundo.

O português era imposto às línguas autóctones como língua oficial ou modificava-se dando origem aos dialetos crioulos. Assim a língua chegou à América, África, Ásia e Oceania.
















A língua viva sofre constantes transformações por meio dos tempos (meio social, desenvolvimento cultural etc.). Assim, o português falado no Brasil não é idêntico ao falado em Portugal, Moçambique, Guiné-Bissau etc. A esse uso diferente do mesmo idioma, damos o nome de dialeto.












No português do Brasil temos ainda a influência da língua falada pelos africanos, pelos índios e pelos vários imigrantes que introduziram ou modificaram expressões. 


Arcaísmos são as palavras que vão desaparecendo. 

Neologismos, palavras que vão surgindo.





















Além das diversas línguas indígenas, misturaram-se também ao português o espanhol e o francês (invasões), as línguas africanas (tráfico negreiro) e posteriormente, com a imigração, outras línguas europeias (italiano, alemão e espanhol).  A língua também sofreu influência dos veículos de comunicação, com isso absorvemos palavras japonesas, francesas e principalmente inglesas.


“A língua é um forte instrumento de manipulação e de poder!”

“As populações dominadas sempre foram obrigadas, no decorrer da história, a aprender e utilizar a língua do dominador.”


Língua Portuguesa – Olavo Bilac

 

Última flor do Lácio, inculta e bela,

És, a um tempo, esplendor e sepultura:

Ouro nativo, que na ganga impura

A bruta mina entre os cascalhos vela...

 

Amo-te assim, desconhecida e obscura,

Tuba de alto clangor, lira singela,

Que tens o trom e o silvo da procela,

E o arrolo da saudade e da ternura!

 

Amo o teu viço agreste e o teu aroma

De virgens selvas e oceano largo!

Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

 

Em que da voz materna ouvi:

“Meu filho!”

E em que Camões chorou,

no exílio amargo,

O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

 

 

Música Língua, Caetano Veloso


 

Língua – Caetano Veloso

 

Gosto de sentir a minha língua roçar

A língua de Luís de Camões

Gosto de ser e de estar

E quero me dedicar

A criar confusões de prosódia

E uma profusão de paródias

Que encurtem dores

E furtem cores como camaleões

Gosto do Pessoa na pessoa

Da rosa no Rosa

E sei que a poesia está para a prosa

Assim como o amor está para a amizade

E quem há de negar que esta lhe é superior

E deixa os portugais morrerem à míngua

“Minha pátria é minha língua”

Fala Mangueira!

Flor do Lácio Sambódromo.

Lusamérica latim em pó

O que quer 

O que pode

Esta língua?


Veja mais fotos e informações em:


https://eipaludo.blogspot.com/2012/10/intertextualidade-alguns-textos.html


https://eipaludo.blogspot.com/2012/04/novo-acordo-ortografico-da-lingua.html














































Nenhuma das 10 línguas mais faladas hoje corre algum risco. Por outro lado a Amazônia vai sofrer uma devastação na sua diversidade linguística. Triste fim para a parte do planeta mais rica em idiomas.

 

“Ninguém reinventa uma língua que desapareceu. Tem grupos indígenas que tentam reviver uma língua que já todo mundo deixou de falar. A única coisa que eles podem fazer é lista de vocabulário e mandar os meninos aprenderem. Lista de vocabulário não é a língua. Ou seja, o que se perdeu definitivamente são as regras abstratas que estão na mente dos falantes. Isso se perdeu definitivamente. Uma língua que desaparece, desaparece para sempre”, diz o linguista Francisco Queixalos.


Veja mais em: https://www.recantodasletras.com.br/entrevistas/487438


Lei nº. 10.639, de 9 de janeiro de 2003 altera a Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Luiz Inácio Lula da Silva – Cristovam Ricardo Cavalcanti  Buarque), que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. 


PRINCIPAIS INFLUÊNCIAS NA LÍNGUA PORTUGUESA FALADA NO BRASIL

INFLUÊNCIA

EXEMPLOS

Tupi

Nomes de pessoas: Ubirajara, Iracema.

Nomes de lugares: Ipanema, Copacabana...

Nomes de animais e plantas: tatu, arara, caju, maracujá...

Dialetos africanos

Acarajé, dendê, fubá, quilombo, moleque, caçula... 

Alemão

Níquel, gás...

Espanhol

Bolero, castanhola...

Japonês

Karaokê, camicase... 

Francês

Paletó, boné, matinê, abat-jour (abajur), bâton (batom), cabaret (cabaré)...

Italiano - geralmente termos

relacionados às artes e à culinária

Macarrão, piano, soneto, bandido, ária, camarim, partitura, lasanha...

Inglês

Show, software, hamburger...

 

Uma pequena lista de palavras de origem indígena, que são nomes de lugares no Brasil, seguidos de seus significados originais:

Goiás:

da mesma raça, igual;

Grajaú:

pássaro que come;

Guarujá:

Viveiro de guarus;

Guarulhos:

dos guarus (peixes);

Ipanema:

água ruim;

Jundiaí:

rio dos jundiás

Paraíba:

rio com pouco peixe, rio ruim;

Paraná:

rio caudaloso;

Sergipe:

com olhos inquietos;

Uberaba:

água cristalina.

 


As influências linguísticas árabes se limitam ao léxico no qual os empréstimos são geralmente reconhecíveis pela sílaba inicial al- correspondente ao artigo árabe: alface, álcool, Alcorão, álgebra, alfândega... Outros: bairro, berinjela, café, califa, garrafa, quintal, xarope...

Por volta do século VIII d.C., os árabes invadiram a península Ibérica, lá permanecendo durante séculos, sem conseguir impor a língua árabe. Todavia, muitas palavras árabes passaram a fazer parte da língua portuguesa, como: algarismo, alface, álgebra, alcachofra, algodão, alfafa, etc. Como se nota, a maioria dos termos árabes começa com a, al, ar, etc. (é a forma do artigo árabe, sentido pelo ouvido ibérico como não dissociado do substantivo que o seguia). Mas nem toda palavra de origem árabe começa dessa forma, haja vista os substantivos: javali e refém; os adjetivos: mesquinho e baldio. Da mesma forma, nem toda palavra iniciada em al é árabe, haja vista almoço, de origem latina. Como na maioria dos idiomas não clássicos, a influência árabe foi preponderante nos substantivos. Mas, como vimos, há também adjetivos dessa origem e, mesmo, uma preposição: até.


Temos de proveniência indígena muitos nomes de lugares, utensílios, alimentos, flora e fauna, como: Curitiba, Paraná, Anhangá, Tamandaré, Tatuapé, Cuiabá, Moji-Guaçu, Tamanduateí, Ipiranga, Irecê, Maceió, Ipanema, abacaxi, açaí, aipim, amendoim, ananás, araçá, babaçu, caju, capim, ipê, jacarandá, jabuticaba, urubu, tatu, tamanduá, piaba, paca, saci, lambari, jibóia, jabuti, jacaré, guará, canindé, caninana, ariranha, arara, arapuá, araponga, carioca, Moji, mandioca, beiju, caatinga, caboclo, caipira, capão, guri, tipóia, tapioca. No vocabulário, contudo, é inegável a presença de tupinismos em nomes brasileiros populares de aves e peixe, na culinária, nos costumes, na toponímia (nomes de lugar) e na antroponímia (nomes de pessoa). É enorme a influência tupi sobre as denominações geográficas brasileiras. Em grande parte, trata-se de topônimos atribuídos não por índios, mas por bandeirantes que utilizavam a língua geral como idioma da comunicação ordinária em suas expedições. cabe lembrar que o contato do europeu com o índio foi devastador. 


A despeito das polêmicas sobre o número de habitantes da América antes da chegada dos europeus, parece inegável que o território atualmente brasileiro era habitado, por volta de 1500, por pelo menos 2 milhões de índios e que estes se acham hoje reduzidos a algo em torno de 350 ou 400 mil pessoas, o que permite, indubitavelmente, falar em um genocídio dos povos indígenas na história do Brasil. Esse processo se deu por vários meios, dentre os quais tomavam parte não só os portugueses, mas também índios aculturados; as grandes fomes que seguiam as guerras; e a fuga dos índios para regiões de recursos desconhecidos, onde frequentemente entravam em conflito com outros índios.


Essencialmente, porém, o genocídio dos índios se deu por meio de epidemias de doenças trazidas pelos portugueses, para as quais os índios em geral não apresentavam defesas naturais, como: varíola, sarampo, coqueluche, catapora, tifo, difteria, gripe, peste bubônica e malária.


Não fosse essa grande exclusão dos povos indígenas da formação de nossa sociedade, e o Brasil, à semelhança do Paraguai, bem poderia ser hoje um país bilíngue, com ao menos alguns milhões de falantes do tupi.


De proveniência africana, temos: macumba, cachaça, moleque, quindim, jiló, marimbondo, cochilo, tanga, samba, etc.


No português de hoje, podemos encontrar palavras provenientes do italiano: pizza, espaguete, tchau; do inglês: gol, clube, sanduíche, hambúrguer, deletar; do francês: toalete, abajur, cabine, champanhe, penhoar; e de outros idiomas.


A língua de um povo tende a se modificar (evoluir) através dos tempos criando, conforme as necessidades, palavras novas e deixando outras em desuso. Assim, são arcaísmos: leixar (deixar), filhar(tomar, pegar), nato(nascido), datilografar, calça coringa, quichute, bamba, conga etc. São neologismos: xérox, xerocar, digitar, digitalizar, escanear, doleiro, shopping, e-mail, happy our, etc.





A maioria dos prefixos e sufixos que entraram na formação das palavras da língua portuguesa provieram do grego e do latim. É muito importante conhecê-los porque eles nos auxiliam a descobrir o sentido de inúmeras palavras que utilizamos na linguagem diária ou em textos científicos.


Muitos substantivos hoje utilizados no Português já foram diminutivos em latim vulgar (a busca da expressividade da fala popular da época talvez explique em parte essa tendência):


- abelha, derivada de apícula, diminutivo de apis;

- ovelha, de ouícula, diminutivo de ouis;

- orelha, de aurícula; olho, de oculus;

- joelho, de genuculum, e assim por diante.


AS LÍNGUAS AFRICANAS E O PORTUGUÊS DO BRASIL

Já tivemos oportunidade de comentar que as dimensões exíguas do território português e os problemas populacionais que, já nos séculos XIV e XV, se faziam sentir instigaram Portugal a empreender navegações, conquistas e ocupações que o levaram a estabelecer um sistema de fortes e feitorias comerciais na costa ocidental da África, que lhe permitiram preparar o caminho marítimo para as Índias.



O comércio escravista português manteve-se durante séculos, terminando apenas com a campanha inglesa contra o tráfico negreiro na primeira metade do século XIX. Com o tempo, as antigas feitorias e os fortes deram lugar, em certos pontos, a sistemas coloniais mais complexos. Assim, dos oito países autônomos hoje falantes da língua portuguesa, cinco se localizam na África: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe.

Como se sabe, há íntima relação entre escravismo de africanos e colonização no Brasil. Desde o abandono, onde foi possível, da tentativa de fazer dos índios a principal fonte de mão-de-obra escrava para a Colônia, a Coroa portuguesa investiu pesadamente no apresamento e transferência de escravos africanos para os engenhos, minas e lavouras brasileiras.

Em sua maioria, esses homens e mulheres foram capturados no sul da África, notadamente na região que hoje compreende Angola. E não apenas na costa africana. Com o correr do tempo, o apresamento de escravos dirigiu-se rumo ao interior do continente, na área da Bacia do Rio Congo, em território que hoje pertence ao Zaire, e a outros pontos, como Moçambique e Camarões.

Nessas regiões, vivem pessoas de origem banto, falantes, portanto, de línguas pertencentes à família do mesmo nome, sobretudo o quimbundo, o umbundo e o quicongo. Espalharam-se por todo o território nacional, com exceção da Bahia. Neste Estado, a partir de meados do século XVIII, intensificou-se o tráfico de africanos no norte, na região próxima à Nigéria, especialmente onde hoje se localiza o Benin (antigo Daomé). Trata-se agora de pessoas de origem nagô (ou ioruba), falantes principalmente dos idiomas ioruba, gege e ibo.

A política oficial da Coroa portuguesa (e de outras) para a distribuição dos escravos africanos nos territórios coloniais preconizava que, tanto quanto possível, não se deviam manter juntas pessoas da mesma família, nem da mesma etnia, nem da mesma região de origem. O objetivo era claro: dificultar o surgimento de “coletividades” entre os indivíduos escravizados.


Mas, em que língua se dava a comunicação dos escravos entre si e destes com aqueles que os escravizavam? Que língua(s) se falava(m) nas senzalas? E nos quilombos?

A hipótese clássica da filologia brasileira a esse respeito foi originariamente formulada pelo médico e etnógrafo maranhense Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906), pioneiro dos estudos científicos sobre a cultura negra no país, na obra Os africanos no Brasil, publicada, postumamente, em 1932. Tomando por base os dados demográficos, Nina Rodrigues defende que no Brasil existiram duas línguas gerais africanas, uma de base nagô-iorubana na Bahia, outra de base banto-quimbundo, nas demais regiões. Tais idiomas também deixaram marcas no português brasileiro.

Lei nº. 10.639, de 9 de janeiro de 2003 altera a Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Luiz Inácio Lula da Silva – Cristovam Ricardo Cavalcanti  Buarque), que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Infelizmente a questão ainda se faz polêmica porque temos muitas pessoas que agem com preconceito, discriminando, pensando-se superiores. Por isso, faz-se necessário uma lei que venha contrariar essa mentalidade ultrapassada, na tentativa de minimizar as desigualdades, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas visando ações educativas de combate ao racismo e às discriminações. A relevância do estudo diz respeito a todos os brasileiros (não apenas elevando a auto-estima e compreensão da etnia afro, mas de todas as etnias), na perspectiva de que todos devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática. Reconhecimento implica justiça e iguais direitos sociais, civis, culturais e econômicos, bem como valorização da diversidade e mudança nos discursos, raciocínios, lógicas, gestos, posturas, modo de tratar as pessoas negras. Requer também que se conheça a sua história e cultura, buscando desconstruir o mito da democracia racial na sociedade brasileira; mito este, que difunde a crença de que, se os negros não atingem os mesmos patamares que os não negros, é por falta de competência ou de interesse, desconsiderando as desigualdades seculares que a estrutura social hierárquica cria com prejuízos para os negros.

Segundo se pensa hoje, o português do Brasil foi consideravelmente influenciado por línguas africanas. Vamos lembrar palavras de origem africana no vocabulário brasileiro: acarajé, angu, banana, jiló, quiabo, quindim, tutu, vatapá, agogô, atabaque, axé, afoxé, batucada, batuque, berimbau, congo, cuíca, samba, exu, Iemanjá, macumba, Ogum, orixá, Oxossi, quimbanda, umbanda, bunda, cachimbo, cacimba, camundongo, carimbo, caxumba, cochilo, corcunda, crocodilo, faraó, maconha, marimbondo, moleque, tanga, quitanda, senzala.


Sobre a História da Língua Portuguesa, assista o vídeo:

https://drive.google.com/file/d/1zcA50ydtOkmyzLojFusfQG3WMiPVFWAo/view?usp=sharing

Fonte: JUNIOR, Sérgio Baldassarini. Nova Ortografia da Língua Portuguesa conforme o Acordo Ortográfico para Países Lusófonos. Vídeo com roteiro, apresentação, edição, produção e direção de Sérgio Baldassarini Junior; supervisão pedagógica pela Profª Terezinha Oppido, Bacharel e Licenciada em Letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras São Judas Tadeu. São Paulo: SBJ Produções, 2008.


ALGUMAS CONCLUSÕES:


A língua é um forte instrumento de manipulação e de poder. Os povos dominados sempre se obrigaram a falar na língua do dominador. Seja pelas principais necessidades de sobrevivência (alimentar-se, defender-se ou impor suas vontades), uma inevitável socialização, inclusive com posicionamentos (questões a serem defendidas  até mesmo com vistas a algum destaque social). Pois bem, se em épocas mais remotas da história da humanidade essa imposição linguística (e cultural) acontecia por meio de guerreiros e batalhas, nos dias atuais é por meio do domínio econômico mundial que se estruturam novos vocabulários para grupos específicos que, na busca de manutenção do poder, estruturam-se de modo mais privilegiado nos meios econômicos e culturais. E está aí a importância de um maior domínio da norma culta padrão. Ou se aprende a pensar por si mesmo e busca a melhoria da sua realidade social ou torna-se alienado a cumprir tarefas específicas repetidamente, ou mesmo a repetir discursos de outrem.



Além das bibliografias supracitadas, serviram como material de apoio para nossos estudos:


SIQUEIRA & BERTOLIN » Curso Completo de Português. São Paulo: IBEP, s/d.


GRIFFI, Beth. Português, 1: literatura, gramática e redação. São Paulo: Moderna, 1991.


ORMUNDO, Wilton. Se liga na língua: literatura, produção de texto, linguagem. São Paulo: Moderna, 2016.