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sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

E vamos a 2013 ...

O ano de 2013 começa em grande estilo na minha vida,
pois passo a virada acompanhada da pessoa que mais amo
(minha filha Beatriz) e de amigos, num ambiente festivo ...
em paz!!!


http://www.ministterio.com.br/wp-content/uploads/2013/01/DSC_0530.jpg



Em seguida, recebo por e-mail de meu amigo Manoel um vídeo bem interessante.
É uma música em que se pede a Deus proteção ao mundo.
Quem canta é um grupo de pessoas de diferentes países, com ritmos diversificados,
unidos na mesma intenção de passar uma mensagem de vida.
Gostei muito de assistir e recomendo. Veja:



Também segue um vídeo com um texto criativo porque bem elaborado,

enviado a mim por minha irmã Sílvia.

É o texto "NO FRIGIR DOS OVOS" de Guaraci Neves.





Não posso deixar de citar o texto vencedor do XVI Concurso de Oratória,
promovido em outubro de 2012 pelo Colégio Estadual Wilson Joffre - Cascavel - PR.
Parabenizo todos os participantes (vencedores ou não) e, em especial,
Weslley Aleixo da Silva, autor do texto a seguir.

Mais informações podem ser buscadas em: http://www.wilsonjoffre.com.br/noticia/xvl_concurso_de_oratoria



No meio do caminho tinha uma pedra!
                                                                                                 Weslley Aleixo da Silva
A juventude é por muitos definida como a melhor fase da vida. Tempo de descobertas de novas experiências, período criticamente importante na vida de um individuo. Pressão psicológica, criticas construtivas e destrutivas, o momento de tomar posicionamento mediante as pedras encontradas no caminho. Situações que costumam ser conhecidíssimas dos jovens de hoje em nossa sociedade. É nesse período que se determina o destino, se será próspero ou não, depende de como são aproveitadas as oportunidades que são oferecidas e do tamanho da dedicação de cada um. O futuro bate a porta, MAS será que a coragem? Será que há preparação o suficiente para abri-la? Como saber qual a melhor opção diante das pedras? Qual o lugar do jovem na sociedade hoje? E amanha?
O tempo que é tão precioso, e que se vai tão rápido, tem sido devorado por coisas banais, totalmente desnecessárias, que tem tomado o lugar de outras que realmente são de grande importância, porque se acredita que o futuro está longe de chegar. “carpe diem”, esse é o lema, aproveite o hoje. Essa expressão deveria ser empregada ao contrário do que foi sugerido pelo poeta romano Horácio que viveu 65-8 AC. Aproveitar o hoje sim, mas construindo uma base sólida para um futuro promissor com muita prosperidade em todos os aspectos da vida. Quem nunca ouviu aquelas frases do tipo: “Os jovens são o futuro da nação” ou então “os jovens são os adultos de amanha”. Fala-se tanto em futuro, em amanhã, que não se percebe que esse futuro, esse amanha estão cada vez mais próximos de se tornar o presente! E esse presente pode não ser tão agradável de receber.
Redes sociais, por exemplo, é difícil encontrar um único jovem que não tenha, ou que nunca teve um perfil em mais de uma delas. Centenas de milhares de jovens enchem essas redes com um incrível e detalhado mapa de suas vidas e seus interesses. Uma pesquisa divulgada pela companhia Nielsen, líder global em pesquisa de mercado, presente em mais de 100 países que tem sua sede localizada em Nova York, mostra que 80% dos usuários de internet no Brasil frequentam este tipo de site. Não é mera implicância ou bronca sem sentido, mas é necessária uma mudança de atitude. É preciso distribuir melhor o tempo e usar parte dele para solidificar o resto da vida. Pensar e seguir desde já os princípios éticos que nortearão toda essa vida. Além da educação familiar, faz-se necessária a realização de cursos profissionalizantes, hora estipulada para leitura, quando estiver on-line aproveitar para obter informações globais como: notícias do mundo político, do mundo econômico, enfim, coisas que estão ocorrendo em sua cidade e no seu país, e não só usar o tempo para curtir, comentar e compartilhar post. A vida social é importante, mas não mais importante que sua preparação para o futuro.
A mídia tem uma influencia massacrante sobre o estilo de vida das pessoas, e grande parte dos jovens, se rende acaba fazendo coisas para agradar a uma determinada turma, mesmo que às vezes contra o que acreditam, e nem sempre essa turma compartilha as mesmas ambições. Então este é o primeiro desafio, a primeira pedra. A decisão correta é escolher amigos que não tiram o foco da trajetória, e ter sempre em mente que o que te faz bem não é aquilo que te da um prazer momentâneo, é preciso lembrar que o futuro é muito importante e depende das ações do presente, portanto ter certas atitudes que prejudicam sua saúde física e mental porque todos estão fazendo é boicotar seu posterior sucesso.
As pressões que os jovens sofrem hoje, as críticas, podem até ser pedras no caminho, porém as escolhas é que definirão o rumo da vida. Alguns poderão escolher carrega-las, outros rola-las, talvez alguns, contorna-las, haverá aqueles que sentaram nelas e ficarão esperando... Esperando..., MAS com certeza haverá aqueles que as escalarão, ou as transformarão em instrumentos de ajuda. E ao mesmo tempo em que se transformam as pedras, há também uma transformação no indivíduo, na verdade as pedras marcam, e ficam para sempre na memória. Uma vez um autor desconhecido, no entanto muito sábio escreveu:
... A PEDRA...”
O distraído nela tropeçou...
O bruto a usou como projétil.
O empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drummond a poetizou.
Já, Davi, matou Golias, 
Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura...
 
E em todos esses casos, a diferença nunca esteve na pedra, MAS no homem!
              A diferença está em você. Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento.
 
Outro texto que merece reconhecimento é o de Álvaro Bizinela, acadêmico da Unioeste, 
pois foi o vencedor do 6° Concurso de Oratória realizado entre as universidades de Cascavel.
 
Consciência Cidadã: Voltada ao meio-ambiente?
                                                                                                                                             Álvaro Bizinela




O que norteia as atitudes de um ser humano? O homem ainda aspira algum ideal de humanidade? É certo que cada ser, único como é, possui seus próprios objetivos, e pode-se dizer que são os mais diversos possíveis. A grandeza humana faz com que pensemos que se pode fazer tudo que nossa mente e nosso corpo permitem e de fato, podemos. É aí, portanto, que os homens caem e levam consigo tudo aquilo que está ao seu redor.
Ao se pensar na grandeza do Universo, e ao percebermos o quão importantes somos nós, para o equilíbrio desse Universo, entendemos o quão responsáveis devem ser as nossas atitudes.
Ao se observar o exemplo de alguns países que possuem um modelo de desenvolvimento sustentável mais avançado percebe-se que, o foco primordial está fundamentado na educação. Não aquela educação que ensina a língua, a matemática ou as ciências, embora elas sejam essenciais ao desenvolvimento humano. Mas a educação moral. Essa é o alicerce de cada indivíduo, pois é aí que os seres citados por todos como transformadores do futuro são formados, ou seja, as crianças.
Desde pequenas, elas são orientadas sobre como se cuidar o que machuca o que dói o que faz chorar. Quantos “nãos” os pais dizem a seus filhos, preocupados com sua integridade física, não é? Mas e a integridade moral? É uma preocupação essencial na vida das pessoas? Antigamente, perguntava-se, que planeta deixaríamos aos nossos filhos hoje, acrescenta-se outra questão: Que filhos estamos deixando ao nosso planeta? Ensina-se, pela cidadania, a não cometer atitudes que firam os direitos alheios, pela lei dos homens e pela lei de Deus. Mas e a lei da natureza? De onde, aliás, provém o sustento humano.
O solo, as árvores, as águas, o ar... são responsabilidades nossas, afinal, nós é que somos os agentes do presente. Paremos de protelar as atitudes para o futuro, e ajamos agora. Mostremos a força de uma espécie que não quer ser a responsável pelo desequilíbrio no mundo sejamos, de fato, cidadãos. E o que cidadania ter a ver com o meio ambiente? Nada além de: tudo! Um ser que não é capaz de lutar em prol da coletividade, não assume responsabilidades, nem sociais, nem ambientais.
Balizar o conceito de cidadão é ter consciência dos deveres sociais se as pessoas não forem convictas de que precisam participar ativamente do processo de desenvolvimento sustentável de seu país, não se chegará a lugar algum. O lema positivista de nossa adorada flâmula nos convoca à ordem e ao progresso. Para sermos organizados, basta cumprirmos os nossos deveres de cidadãos, mas como progrediremos se não fazemos mais do que nossa obrigação?
É preciso doar-se, aos outros e ao planeta. É preciso identificar nos deveres, não compromissos com os quais somos fadados a conviver até o fim da vida e sim, como possibilidades que temos enquanto agentes transformadores da história, podendo mudar aquilo que não é certo.
Diariamente nos deparamos com situações, nas quais a comodidade nos direciona de modo a não agir a favor do meio-ambiente. Cada agente deve contribuir na esfera de suas condições. Que pessoa, por menos informada que seja, não sabe separar materiais recicláveis em sua residência? Mas e o serviço municipal, faz o restante do processo? É preciso que haja uma ação em conjunto.
Porém, em um cotidiano apressado, atarefado, em que cada dia devia ter umas trinta e seis horas o espírito de cidadania se oculta frente às urgentes necessidades de mudança no modo em que tratamos o ambiente. É difícil algum governo ou grande empresa dar mais ênfase à natureza que à economia em tempos de crise. Hoje deixa-se de lado aquilo que não inerente à riqueza material.
Queiramos nós que futuramente, esse mesmo ambiente, que hoje degradamos e julgamos ser de segunda necessidade, não nos vire as costas, e que tenha piedade de nós. Porque hoje não se tem pena da natureza perante as queimadas, que provocam o aquecimento global, que gera o efeito estufa, que derrete as calotas polares e que destrói a camada de ozônio.
Esse mesmo homem que se julga tão superior aos outros seres, por falha em seus princípios de cidadania, está acabando com outras espécies e com seus lares. Nossos lares. Será que é preciso que a humanidade se acometa de doenças respiratórias? Que metade da população sofra com o câncer de pele? Que não possamos mais sair de casa sem óculos escuros? Para que paremos e pensemos, para onde caminhamos. Isso vos parece muito surreal? Não apostemos nisso, não lutemos contra a natureza, não lutemos contra nós mesmos.
Dizem que só se aprende a nadar quando a água ‘bate’ na cintura, mas será que haverá, no futuro, água assim, em abundância, para que isso ocorra? Seria cômico, se não fosse desesperador. Os homens possuem sim, ideais de humanidade, os homens conhecem seu lugar no planeta o que lhes falta, é aprender com o meio em que vivem, é preciso ser grande o bastante para reconhecer os erros enquanto ainda dá tempo. E há tempo, não aceitemos a fome e miséria, digamos “não” à degradação ambiental.
Transformemos os nossos deveres de cidadãos em atitudes em favor do meio ambiente, em favor das espécies, especialmente a nossa. E como fazê-lo? Sentados de braços cruzados, como se não fôssemos responsáveis por nada disso é que não é.
 

 
Desejo a todos que 2013 venha cheio de sucessos, com muitas lutas e conquistas...
Para isso, sirvo-me das palavras de Drummond, buscadas em:
Mensagem

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir a ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.



 
 

domingo, 30 de dezembro de 2012

A proficiência em produção e compreensão textual no Brasil




Geralmente ouvimos ou lemos qualquer coisa que fale sobre educação brasileira e isso não nos causa mais impacto algum nas emoções, tão acostumados estamos com situações desconfortáveis nas escolas e atitudes de pouca força na resolução dos problemas.

Enquanto isso, a posição ocupada por nós, brasileiros, na avaliação do Índice Global de Habilidades Cognitivas e de Desempenho Escolar, realizada pela Economist Intelligence Unit (EIU) em 2012 continua aviltante. O Brasil se classifica em penúltimo lugar em uma lista de quarenta nações. Esse resultado demonstra o quanto a atual prática pedagógica que se revela no contexto social brasileiro permanece distante da proficiência em produção e compreensão textual almejada por estudiosos diversos nas últimas décadas.

Como alerta Carvalho (2009) ao tratar dos “Empréstimos Linguísticos na Língua Portuguesa”, a dominação pelos meios culturais é mais eficiente e menos incômoda, resulta da sobreposição de uma cultura sobre a outra. A linguagem age monologicamente, aliada a uma consequente transferência de terminologias, de modo a suprir as necessidades dos países que não patenteiam tecnologias. Todavia, junto ao ato de importar palavras está o aspecto político-ideológico que subjaz a cada empréstimo, pois também se importa “o objeto, a ideia, o modo de vida de uma nação e isso gera mais dependência (econômica, cultural, tecnológica) para quem importa”.

São muitos os estudos atuais que abordam os fenômenos da linguagem como síntese de múltiplas determinações sócio-históricas no intuito de formar sujeitos com mais atuação social e maior capacidade de dicernimento sobre os fatos da vida. Contexto que exige da escola maior preparo ao explorar conhecimentos indispensáveis à construção da cidadania e espera do aluno compromisso e responsabilidade com a própria aprendizagem.

Essa busca de formas mais eficazes para a formação de sujeitos capazes de estabelecer relações de interação e de transformação no espaço e nas condições sócio-históricas em que vivem se confronta com os índices sociais de desempenho educacional brasileiro. O resultado acabou por mostrar o quanto ainda é preciso avançar na direção de um ensino melhor e o quanto se faz necessário que o processo de ensino e aprendizagem seja realmente visto como importante meio de construção de significado com relação à vida social por todos os que de uma forma ou outra se inserem no processo educativo como um todo.

Estamos certos de que uma parte significativa dos professores abraça a causa da educação por reconhecer o valor de uma educação consistente, olhar para seres humanos e lutar para conseguir fazer a diferença. Por outro lado, não consideramos que os educadores (mesmo os pouco qualificados ou os desmotivados diante do salário que recebem, das instalações e recursos disponíveis, da violência e indisciplina que permeiam as relações nos ambientes escolares) mereçam a titulação de exclusiva culpabilidade pelos persistentes problemas educacionais.

Em outra via de análise, salientamos a falta de leis que amparem esses mesmos educadores no momento em que ensinam regras para disciplinar a mente e a conduta que o mundo dinâmico de hoje exige de cada cidadão.

Também reconhecemos a carência de formação de valores (como o de respeito ao outro) por parte de muitas famílias, bem como o pouco acompanhamento das mesmas na cobrança de maior compromisso dos estudantes para a conquista de resultados mais promissores em suas devidas aprendizagens escolares, com maior esforço, disciplina, frequência e aproveitamento.

Evidenciamos as perspectivas que a carreira de educador propicia, fazendo que os quadros do ensino venham sendo sistematicamente ocupados também por pessoas pouco qualificadas ou comprometidas com uma educação de qualidade.

Ressaltamos a disparidade entre o montante investido nas universidades públicas, no ensino fundamental e médio. E destacamos a necessidade de aumento do PIB per capita brasileiro aliado à boa gestão da educação no país.

Essa referida problematica pode explicar em parte os resultados pouco animadores do país em nível educacional, pois acaba por dificultar de fato a ascenção cultural no contexto social brasileiro. Contudo, insistimos em acreditar que sonhos são possíveis e persistimos no desvendar dos mistérios linguísticos ocultos nos intentos textuais daqueles que os produzem.

Como educadores comprometidos, também não desistimos de revelar aos estudantes certas verdades camufladas em jogos de palavras bem elaborados ou suas possíveis realizações em contextos diversos, para que realmente consigam se tornar sujeitos de si mesmos e se ampliem possibilidades de atuações sociais mais promissoras.

Embora questões como essas suscitem alto grau de reflexão e tomada de atitudes em alto grau de comprometimento, o que nos ocorre é a sondagem de práticas pedagógicas que possam ser eficazes para minimizar as carências do ensino público no país, sendo o que está ao nosso alcance fazer nas condições atuais referidas de ensino.

Desculpem se só ocorreram besteiras mal-ditas nestas linhas que, de certa forma, importam...
 
Gostei bastante dos comentários no texto abaixo. Faz parte das coisas que eu gostaria de dizer nas vezes em que me faltou coragem...    Se possível, leia.
 
Fontes:

Empréstimos Linguísticos na Língua Portuguesa - Nelly Carvalho SP: Cortez, 2009.