INFORMAÇÃO IMPORTANTE


Este blog não tem fins lucrativos (nenhum material aqui encontrado está à venda). O objetivo exclusivo é a divulgação do material aqui exposto para fins de estudo e análise, passível de contribuições de caráter científico. Todo o acervo deste site é de uso público e gratuito.Também não se tem a pretensão de divulgar inverdades. Nesse intuito, as informações publicadas são corroboradas pelas referências bibliográficas, tidas como fonte de cada material exposto, bem como os links ou arquivos referenciados, os quais encontram-se hospedados na própria Internet. Obrigada pela visita! Volte sempre e fique à vontade para postar suas contribuições. Elizete Paludo - Organizadora do Blog.

domingo, 30 de dezembro de 2012

A proficiência em produção e compreensão textual no Brasil




Geralmente ouvimos ou lemos qualquer coisa que fale sobre educação brasileira e isso não nos causa mais impacto algum nas emoções, tão acostumados estamos com situações desconfortáveis nas escolas e atitudes de pouca força na resolução dos problemas.

Enquanto isso, a posição ocupada por nós, brasileiros, na avaliação do Índice Global de Habilidades Cognitivas e de Desempenho Escolar, realizada pela Economist Intelligence Unit (EIU) em 2012 continua aviltante. O Brasil se classifica em penúltimo lugar em uma lista de quarenta nações. Esse resultado demonstra o quanto a atual prática pedagógica que se revela no contexto social brasileiro permanece distante da proficiência em produção e compreensão textual almejada por estudiosos diversos nas últimas décadas.

Como alerta Carvalho (2009) ao tratar dos “Empréstimos Linguísticos na Língua Portuguesa”, a dominação pelos meios culturais é mais eficiente e menos incômoda, resulta da sobreposição de uma cultura sobre a outra. A linguagem age monologicamente, aliada a uma consequente transferência de terminologias, de modo a suprir as necessidades dos países que não patenteiam tecnologias. Todavia, junto ao ato de importar palavras está o aspecto político-ideológico que subjaz a cada empréstimo, pois também se importa “o objeto, a ideia, o modo de vida de uma nação e isso gera mais dependência (econômica, cultural, tecnológica) para quem importa”.

São muitos os estudos atuais que abordam os fenômenos da linguagem como síntese de múltiplas determinações sócio-históricas no intuito de formar sujeitos com mais atuação social e maior capacidade de dicernimento sobre os fatos da vida. Contexto que exige da escola maior preparo ao explorar conhecimentos indispensáveis à construção da cidadania e espera do aluno compromisso e responsabilidade com a própria aprendizagem.

Essa busca de formas mais eficazes para a formação de sujeitos capazes de estabelecer relações de interação e de transformação no espaço e nas condições sócio-históricas em que vivem se confronta com os índices sociais de desempenho educacional brasileiro. O resultado acabou por mostrar o quanto ainda é preciso avançar na direção de um ensino melhor e o quanto se faz necessário que o processo de ensino e aprendizagem seja realmente visto como importante meio de construção de significado com relação à vida social por todos os que de uma forma ou outra se inserem no processo educativo como um todo.

Estamos certos de que uma parte significativa dos professores abraça a causa da educação por reconhecer o valor de uma educação consistente, olhar para seres humanos e lutar para conseguir fazer a diferença. Por outro lado, não consideramos que os educadores (mesmo os pouco qualificados ou os desmotivados diante do salário que recebem, das instalações e recursos disponíveis, da violência e indisciplina que permeiam as relações nos ambientes escolares) mereçam a titulação de exclusiva culpabilidade pelos persistentes problemas educacionais.

Em outra via de análise, salientamos a falta de leis que amparem esses mesmos educadores no momento em que ensinam regras para disciplinar a mente e a conduta que o mundo dinâmico de hoje exige de cada cidadão.

Também reconhecemos a carência de formação de valores (como o de respeito ao outro) por parte de muitas famílias, bem como o pouco acompanhamento das mesmas na cobrança de maior compromisso dos estudantes para a conquista de resultados mais promissores em suas devidas aprendizagens escolares, com maior esforço, disciplina, frequência e aproveitamento.

Evidenciamos as perspectivas que a carreira de educador propicia, fazendo que os quadros do ensino venham sendo sistematicamente ocupados também por pessoas pouco qualificadas ou comprometidas com uma educação de qualidade.

Ressaltamos a disparidade entre o montante investido nas universidades públicas, no ensino fundamental e médio. E destacamos a necessidade de aumento do PIB per capita brasileiro aliado à boa gestão da educação no país.

Essa referida problematica pode explicar em parte os resultados pouco animadores do país em nível educacional, pois acaba por dificultar de fato a ascenção cultural no contexto social brasileiro. Contudo, insistimos em acreditar que sonhos são possíveis e persistimos no desvendar dos mistérios linguísticos ocultos nos intentos textuais daqueles que os produzem.

Como educadores comprometidos, também não desistimos de revelar aos estudantes certas verdades camufladas em jogos de palavras bem elaborados ou suas possíveis realizações em contextos diversos, para que realmente consigam se tornar sujeitos de si mesmos e se ampliem possibilidades de atuações sociais mais promissoras.

Embora questões como essas suscitem alto grau de reflexão e tomada de atitudes em alto grau de comprometimento, o que nos ocorre é a sondagem de práticas pedagógicas que possam ser eficazes para minimizar as carências do ensino público no país, sendo o que está ao nosso alcance fazer nas condições atuais referidas de ensino.

Desculpem se só ocorreram besteiras mal-ditas nestas linhas que, de certa forma, importam...
 
Gostei bastante dos comentários no texto abaixo. Faz parte das coisas que eu gostaria de dizer nas vezes em que me faltou coragem...    Se possível, leia.
 
Fontes:

Empréstimos Linguísticos na Língua Portuguesa - Nelly Carvalho SP: Cortez, 2009.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

X CELSUL - 24, 25 E 26 DE OUTUBRO DE 2012

 X CÍRCULO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS DO SUL DO BRASIL – CELSUL
REALIZAÇÃO: 24, 25 E 26 DE OUTUBRO DE 2012
Universidade Estadual do Oeste do Paraná/UNIOESTE
Campus Cascavel – PR




Conforme consta em http://celsul.org.br/2012/, o CELSUL, Círculo de Estudos Linguísticos do Sul, é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, destinada a congregar profissionais e estudiosos em Linguística, com o objetivo de desenvolver seus estudos teóricos e aplicados na América do Sul, com ênfase na zona meridional do continente, envolvendo os países do Mercossul, como reza o seu Estatuto. O CELSUL tem como principal objetivo a divulgação e o aprimoramento das pesquisas desenvolvidas na área da Linguística.

Quando e onde se realizaram os encontros anteriores?
  • Os 1° e 2° encontros foram em Florianópolis, em novembro de 1995 e abril de 1997, respectivamente, sob a direção de professores da Universidade Federal de Santa Catarina.
  • O 3° encontro, em Porto Alegre, realizou-se em agosto de 1999, sob a direção de professores vinculados à Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
  • O 4° encontro foi realizado em Curitiba, em novembro de 2000, sob a direção de professores da UFPR.
  • O 5° encontro foi realizado em Curitiba, em outubro de 2002, sob a direção de professores da UFPR.
  • O 6° encontro foi realizado em Florianópolis, nos dias 3, 4 e 5 de novembro de 2004, sob a direção de professores da UFSC.
  • O 7° encontro foi realizado em Pelotas, nos dias 18, 19 e 20 de outubro de 2006, sob a direção de professores da UCPEL e da UFPEL.
  • O 8° encontro foi realizado em Porto Alegre, nos dias 29, 30 e 31 de outubro de 2008, sob a direção de professores da UFRGS.
  • O 9° encontro foi realizado em Palhoça, SC, out. 2010. Universidade do Sul de Santa Catarina.
  • E o 10° encontro foi realizado na Universidade Estadual do Oeste do Paraná/UNIOESTE -
    Campus de Cascavel – PR.
     
Diretoria do X Celsul:
 

Presidente – Aparecida Feola Sella
Vice-presidente – Alexandre Ferrari Soares
Secretária – Sanimar Busse
Tesoureira – Alcione Tereza Corbari


Pesquisadores participantes do X Celsul:
Adair Bonini
Adriana Aparecida Figueiredo Fiúza
Alba Maria Perfeito
Alexandre Sebastião Ferrari Soares
Amanda Eloina Scherer
Antonio Marcos Pereira
Aparecida de Jesus Ferreira
Aparecida Feola Sella
Beth Brait
Carmen Teresinha Baumgartner
Célia Marques Telles
Clarice Nadir Von Borstel
Cléo Vilson Altenhofen
Cristiane Horst
Débora Figueiredo
Dermeval da Hora Oliveira
Edson Carlos Romualdo
Elódia Constantino Roman
Esther Gomes de Oliveira
Fabiane Cristina Altino
Felício Margotti
Freda Indursky Professora
Greice da Silva Castela
Ismara Eliane Vidal de Souza Tasso
José Borges Neto
Leci Borges Barbisan
Letícia Fraga
Marcelo Krug
Marcia Paraquett Fernandes
Maria Cristina Leandro Ferreira
Maria Elena Pires Santos
Odete Pereira da Silva Menon
Pedro de Souza
Rosângela Hammes Rodrigues
Roselene de Fatima Coito
Sanimar Busse
Stella Maris Bortoni-Ricardo
Suzana Alice Marcelino da Silva Cardoso
Terezinha da Conceição Costa-Hübes
Vanderci de Andrade Aguilera
Pesquisadores Coordenadores de Grupos Temáticos:
 
Adriane Orenha-Ottaiano (UNESP)
Agenor Almeida Filho (IFMA)
Alba Maria Perfeito (UEL)
Alexandre Ferrari Soares (Unioeste)
Aline Aver Vanin (PUC-RS)
Ana Flávia L. M. Gerhardt (UFRJ)
André Luis Antonelli (USP)
Andréia da Silva Daltoé (UNISUL/SC)
Andréia Schurt Rauber (UCPEL)
Ângela Maria Tenório Zucchi (USP)
Aparecida de Jesus Ferreira (UEPG/UNIOESTE)
Carlos Felipe da C. Pinto - Universidade Tiradentes (UNIT)
Carmen Teresinha Baumgartner (UNIOESTE)
Cléo V. Altenhofen (UFRGS)
Cristiane Horst (UFFS)
Daniel Soares da Costa (UNESP)
Denise Cristina Kluge (UFPR)
Djane Antonucci Correa (UEPG)
Edson Domingos Fagundes (UTFPR)
Emiliana F. Bonalumi (UFMT)
Fábio José Rauen (UNISUL)
Gabriel de Ávila Othero (UFRGS)
Giovanna Benedetto Flores (UNISUL)
Gustavo Biasoli Alves (Unioeste)
Ismara Tasso (UEM)
João Carlos Cattelan (Unioeste)
Jorge Campos da Costa (PUCRS)
Juliana Bertucci Barbosa (UFTM)
Karine Marielly Rocha da Cunha (UFPR)
Leonor Scliar-Cabral (UFSC/CNPq)
Letícia Fraga (UEPG)
Loremi Loregian-Penkal (UNICENTRO/CNPq)
Luisandro Mendes de Souza (UFRGS)
Luiz Arthur Pagani (UFPR)
Manoel Messias Alves da Silva (UEM)
Márcia Helena S. G. Rostas (IFSUL)
Márcia Sipavicius Seide (UNIOESTE)
Maria Cleci Venturini (UNICENTRO/G)
Maria Cristina F. Silva (UFPR)
Maria Isabel BORGES (UEL)
Maria Lídia Sica Szymanski (UNIOESTE)
Marilei Amadeu Sabino (UNESP)
Miriam Retorna (UTFPR)
Nádia Régia Maffi Neckel (UNISUL)
Odete Pereira da Silva Menon (UFPR/CNPq)
Patrícia Carvalhinhos (USP)
Rafael Vetromille-Castro (UFPel)
Raquel Ribeiro Moreira (FURG)
Rejane Flor Machado (UFPel)
Rosangela Hammes Rodrigues (UFSC)
Roselene de Fátima Coito (UEM)
Rosemary Irene C. Zanette (UNIOESTE)
Sanimar Busse (UNIOESTE)
Sergio de Moura Menuzzi (UFRGS)
Simone M. Oliveira (PNPD/CAPES - UFSM)
Siumara Aparecida de Lima (UTFPR)
Solange Maria Leda Gallo (UNISUL)
Suzy Maria Lagazzi (UNICAMP)
Taís Bopp da Silva (UFPel)
Tatiana Keller (UFSM)
Telisa Furlaneto Graeff (UPF)
Terezinha da Conceição Costa-Hübes (UNIOESTE)
Terezinha da Conceição Costa-Hübes (UNIOESTE/CAPES)
Vanessa Ribas Fialho (UFSM)
Vera Lúcia V. Santos (UFSC/CAPES, PNPD)
Wander Amaral de Camargo (Unioeste)
Zélia Maria Viana Paim (UFSM)
 
 

Seguem algumas fotos do X CELSUL: 

 
 
 
 
 
Professora Doutora Aparecida Feola Sella
Presidente do X Celsul
Abertura do Evento

 
 
 
Passando a palavra à Professora Doutora Stella Maris Bortoni-Ricardo
da Universidade de Brasília
 
Os monitores do X Celsul
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Animação no Hall de Entrada do Campus da Unioeste - Cascavel - Paraná
 
 
Hall de Entrada do Campus da Unioeste - Cascavel - Paraná
 
Professora Doutora Sanimar Busse com pesquisadora
 
Início do segundo dia do X Celsul
 
Elizete com pesquisadoras encaminhando-se para o almoço
 
Prof Dra Aparecida Feola Sella, presidente do X Celsul, com pesquisadoras
 
Prof Dra Aparecida Feola Sella com monitoras do X Celsul e pesquisadoras
 
Monitores do X Celsul com pesquisadora Leonor Scliar-Cabral,
uma referência na área de estudos da linguagem
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No término da fala de Leonor Scliar, homenagem do Colégio Eleodoro à Helena Kolody
envolvendo os pesquisadores do X Celsul
 
 
 
 
 
Prof Dra Aparecida Feola Sella, Elizete e Vanessa em jantar
com autores que se fizeram presentes no X Celsul 
 
 
 
X Celsul - Unioeste - Cascavel - Paraná
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lançamentos de livros com seus devidos autores no X Celsul:
 
 
Aparecida Feola Sella e Beth Brait
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

José Borges Neto, Prof Dr do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes do
Universidade Federal do Paraná.
A partir do ano de 2013, passa a atuar na Unioeste, campus de Cascavel – Paraná.

 
 
 
 

Dermeval da Hora - Doutor em Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1990),  pós-doutorado na Universidade Livre de Amsterdam, principal articulador da criação do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PROLING). Bolsista de Produtividade do CNPq, foi presidente da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN). Delegado da Associação de Linguística e Filologia da América Latina (ALFAL) no Brasil. É Coordenador da Área de Letras e Linguística da CAPES.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mesa Redonda de Análise Linguística com Profa Dra Aparecida Feola Sella,
Prof Dr Edson Carlos Romualdo, Profa Dra Elódia Constantino Roman,
Profa Dra Esther Gomes de Oliveira, Profa Dra Leci Borges Barbisan
 
 
 
Prof Dr Gabriel de Ávila Othero - Sintaxe e suas interfaces
 
 

Elizete com Prof Dr Gabriel de Ávila Othero (UFRGS) e Profa Dra Maria Cristina F. Silva (UFPR)
 
 
Elizete e Camila com Carmem Maria Faggion